De acordo com a ferramenta STOPvespa, disponibilizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a vespa asiática já está presente no distrito de Beja.
Segundo a mesma fonte, há registo da presença desta espécie no Baixo Alentejo, nomeadamente, nos concelhos de Mértola, Almodôvar, Moura, Alvito e Odemira.
A ferramenta STOPvespa visa apoiar a identificação e o controlo da vespa asiática (Vespa velutina) em Portugal Continental.
Através da georreferenciação online dos avistamentos e dos ninhos desta espécie exótica invasora, esta ferramenta contribui para a comunicação entre a população, os técnicos dos municípios e a administração central, bem como para o apoio à gestão desta problemática e à tomada de decisão.
A ferramenta STOPvespa apoia a monitorização da distribuição e da expansão da vespa asiática, através da geolocalização online de avistamentos e de ninhos num servidor de mapas.
Com esta ferramenta é possível, através de diferentes dispositivos com ligação à internet, introduzir in loco a localização das observações, preenchendo um simples formulário com as informações sobre o avistamento ou o ninho, bem como anexar fotografias dos mesmos.
Cada observação é importante para monitorizar a expansão da vespa asiática, contribuindo para uma mais rápida localização e remoção dos ninhos.
Recorde-se que desde 2011 que está confirmada a presença da vespa velutina em Portugal, espécie não-indígena, predadora da abelha europeia.
Os primeiros ninhos e avistamentos do inseto foram confirmados nos distritos de Braga e Viana do Castelo e, desde então, tem-se assistido a uma progressão gradual da área afetada no território nacional.
Os modelos previsionais apontam para que, em Portugal, esta espécie possa vir a colonizar quase todo o território continental, em função da suscetibilidade ambiental, esclarece a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com a DGS, a vespa velutina instala-se sobretudo em áreas urbanas e periurbanas.
Por tratar-se de uma espécie carnívora e predadora de abelhas, configura uma ameaça à sustentabilidade da apicultura em território nacional, com eventuais consequências diretas na produção de mel e produtos relacionados, assim como na produção agrícola, por via da diminuição da polinização vegetal, ponderada a importância das abelhas melíferas nesta relevante função biológica.
Constitui também um risco para as populações. «No caso de sentirem os ninhos ameaçados, reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros. O tratamento da picada requer os cuidados habituais para picada deste tipo de insetos», informa a DGS.