Uma notícia publicada na revista “Sábado” coloca sob suspeita os negócios de duas empresas da região que têm em comum o nome de Jorge Barnabé, antigo assessor do Secretário de Estado Socialista Rui Cunha e ex-militante do Partido Socialista.
De acordo com o artigo, as empresas em nome da companheira e da mãe de Jorge Barnabé arrecadaram nos últimos 5 anos mais de um milhão de euros em ajustes directos com as Câmaras Socialistas do Baixo Alentejo.
Em declarações exclusivas à Rádio Pax, Jorge Barnabé frisou que a notícia é uma “grande mentira” e surge por “encomenda” de alguém que pretende atacar os seus investimentos.
Jorge Barnabé afastou a existência de quaisquer irregularidades nos ajustes directos e mostrou-se de “consciência tranquila”.
De acordo com o gestor da “Panóplia de Encantos”, as Câmaras com quem trabalha adjudicam eventos a outros empresários da região. Algo que não aconteceu, por exemplo, no mandato anterior da Câmara de Beja, onde a empresa da qual faz parte não prestou qualquer serviço. Apesar da “Panóplia de Encantos” ter sede em Beja há 5 anos, só no ano passado conseguiu começar a trabalhar com este município quando propôs a realização do Festival B.
Jorge Barnabé negou quaisquer privilégios e assegura que a empresa não presta serviços só para as Câmaras do PS do Baixo Alentejo. Ao todo tem 70 clientes nacionais e internacionais.
Jorge Barnabé deixou o Partido Socialista em 2002. O empresário assegurou que nunca foi assessor de Pedro do Carmo quando este era presidente da Câmara de Ourique. A empresa que representa prestou serviços de consultoria em Ourique que foram interrompidos, em 2015, quando a actividade empresarial se estendeu aos eventos. Jorge Barnabé garantiu que nunca pediu a nenhum autarca ou dirigente partidário qualquer favor.
Jorge Barnabé olha para este caso como um “atentado gravíssimo à seriedade e à integridade das pessoas”.
“Eu não aceito que me tratem como um corrupto, como um vigarista como um mafioso porque isso não corresponde à verdade”, concluiu.
O empresário admite recorrer aos Tribunais para repor a verdade.