Os eleitos da CDU na Câmara Municipal de Beja acusam o atual executivo de promover “precariedade laboral e trabalho sem direito”.
Em nota de imprensa, os comunistas defendem que a autarquia, enquanto entidade pública, “deveria ser um exemplo na criação de emprego que verdadeiramente combata a precariedade; que valorize os salários; que melhore o equilíbrio entre a vida profissional, familiar e pessoal”.
Para a CDU, os socialistas, “em consonância, como sempre, com o eleito do PSD/Beja Consegue, adotam na sua ação, medidas que colocam em causa o cumprimento, os objetivos e o direito dos trabalhadores a um emprego digno, com uma remuneração justa, segurança e proteção social”.
Os comunistas consideram como “exemplo contrário a estes princípios”, o “sistemático recurso para suprimir necessidades permanentes do município, a contratualização de empresas externas, que regra geral recorrem no relacionamento com os seus trabalhadores a contratos precários, pagos à hora por valores que muitas vezes não ultrapassam os 3,5€”.
Os eleitos da CDU votaram contra ao contrato no valor de 370 mil euros destinado ao serviço de Higiene Urbana.
Para os comunistas, “estão em causa necessidades permanentes do município neste serviço, e como tal o que deveria ser implementado era uma política de contratação de trabalhadores para suprir essas necessidades e a quem seja garantido emprego estável e com direitos, fazendo com que a cada posto de trabalho efetivo corresponda um vínculo de trabalho permanente”.
Rui Eugénio, vereador da Câmara Municipal de Beja, considera que existe uma “necessidade permanente de limpeza”, mas é “a própria autarquia que deve abrir concursos para o ingresso de assistentes operacionais”.
Para Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, a acusação da CDU não tem qualquer fundamento.
Nuno Palma Ferro, vereador da Câmara Municipal de Beja, deixa duras críticas aos eleitos da CDU. Para Nuno Palma Ferro, “não interessa defender os interesses da cidade”, mas sim, “os interesses do partido”.
CDU de Beja acusam o executivo de promove “precariedade laboral”.