A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Afirmou ontem que as monoculturas intensivas no Alentejo não vieram trazer “valor acrescentado” à economia da região.
Catarina Martins esteve de visita a uma exploração, situada perto de Beja, onde uma empresa espanhola terá destruído uma ponte romana e quase duas dezenas de sítios arqueológicos assinalados no Plano Director Municipal para plantar 3 mil hectares de amendoal.
Em declarações aos jornalistas, a líder do BE falou do Alqueva e da necessidade da água para “haver agricultura, emprego, desenvolvimento”, no entanto, acrescentou, “o que estamos a assistir é que o terreno está todo a ser ocupado, nomeadamente o melhor terreno agrícola, por culturas intensivas”. Catarina Martins explicou que as culturas intensivas “não criam emprego propriamente na região, não têm depois valor acrescentado, uma vez que o que é produzido aqui sai imediatamente antes da transformação e, portanto, não há aqui criação de valor, de emprego, e têm tido danos a vários níveis, ambientais desde logo”.
A coordenadora do BE não tem dúvidas “que é preciso novas regras para o ordenamento dos nossos recursos hídricos, porque Portugal precisa de água, tem de a proteger, tem de a saber usar”.