A Catedral está encerrada para obras de requalificação desde Novembro. Um investimento total que ronda os 1,5 milhões de euros, financiados pelos fundos comunitários em cerca de um milhão. A contrapartida nacional é assegurada pela Diocese de Beja, o que representa um “grande esforço financeiro” para que o seu edifício principal seja requalificado.
A intervenção deve estar concluída em Outubro. Um tempo recorde para uma obra desta envergadura, que conheceu vários contratempos na sua fase burocrática que atrasaram os trabalhos.
Durante a visita foram visíveis várias manifestações da degradação camuflada do edifício. A intervenção vai “dar a dignidade que a monumentalidade da Catedral tem”, referiu o arquitecto responsável pelo projecto. Cinzento e branco serão as cores predominantes na renovada Sé de Beja. Os materiais e os sistemas construtivos serão os tradicionais e os compatíveis com os que já fazem parte da estrutura da Igreja.
José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, referiu tratar-se de um edifício que simboliza a própria Diocese e que desta forma “faz todo o sentido uma recuperação muito cuidada e que fizesse uma ligação com a linguagem contemporânea”.
D. António Vitalino Dantas também participou na visita e gostou do que viu. O Bispo de Beja mostrou-se “alegre” por ver que já são conhecidas todas as patologias do edifício e que a equipa tem soluções para as erradicar. D. António salientou a importância de fazer uma intervenção de fundo que seguisse um projecto pré-definido e que fosse além dos “remendos”.
Manuel Oliveira, vereador da Câmara de Beja, referiu que as obras na Sé vão ao encontro do plano de recuperação do centro histórico da cidade. O autarca disse que esta é uma obra âncora e fundamental para aquilo que é a politica da autarquia.
Sara Fonseca, presidente da direcção da Associação Portas do Território, umas das entidades envolvidas nos trabalhos, referiu que esta visita pretendeu mostrar à população o que já foi feito e o que se vai fazer. A mesma responsável sublinha que uma vez que se trata de dinheiro público, as pessoas têm o direito de verificar onde está a ser empregue e o porquê de um investimento tão avultado.
Sara Fonseca disse ainda que têm sido cumpridos à regra todos os procedimentos legais em termos de quadro comunitário, segurança e respeitados todos os prazos.
A equipa que está a cargo da intervenção foi também a responsável pelas obras no Bom Jesus de Braga.