Os órgãos autárquicos e habitantes de Castro Verde manifestaram “profundo desagrado” com os eventuais dias de fecho da Serviço de Urgência Básico de Castro Verde. Exigem à ministra da Saúde medidas que garantam a normalização do funcionamento do serviço.
Um grupo “muito alargado de cidadãos”, constituído por órgãos autárquicos, entidades sociais, associativas, desportivas e dezenas de pessoas do concelho de Castro Verde analisou com “muita preocupação” o funcionamento do Serviço de Urgência Básica (SUB) do Centro de Saúde de Castro Verde, numa reunião efetuada esta sexta-feira naquela vila alentejana, segundo comunicado com as conclusões da reunião divulgado hoje pela câmara municipal.
Na reunião foi decidido manifestar o “profundo desagrado geral da população do concelho de Castro Verde” com os “graves problemas” existentes no SUB e, ao mesmo tempo, assumir “profunda apreensão com as previsões existentes para esse serviço”.
Apelar à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para “definir rapidamente medidas concretas, duradouras e capazes para voltar a normalizar o funcionamento do SUB de Castro Verde, impedindo o quadro previsto de indesejável instabilidade”, foi outra decisão tomada pelo grupo de cidadãos.
“Anotar o esforço da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) para, tanto quanto possível, normalizar a prestação dos serviços e resolver o problema entretanto surgido, nomeadamente no mês de dezembro”, refere ainda o comunicado enviado à Lusa.
Na reunião, foi também decidido “incentivar a Câmara Municipal de Castro Verde e demais órgãos autárquicos do concelho e dos concelhos vizinhos para reforçarem a necessária reivindicação junto do Ministério da Saúde e manterem a sua disponibilidade para prestarem toda a colaboração à ULSBA e ao Ministério da Saúde, de modo a minimizar ao máximo este grave problema para os cidadãos do concelho de Castro Verde e demais concelhos”.
Outra decisão foi a de criar a Comissão Instaladora de Utentes dos Serviços de Saúde de Castro Verde.
Esta situação tem motivado ao longo desta semana queixas de autarcas da região, de partidos políticos e da população, tendo inclusive sido já solicitada uma reunião à ministra da Saúde, ainda sem resposta, de acordo com o município.
Esta sexta-feira, 30 pessoas concentraram-se junto do Centro de Saúde de Castro Verde, para protestar contra a possibilidade de encerramento das urgências por alguns dias, este mês e em dezembro.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara de Castro Verde, António José Brito (PS), explicou à Lusa que, a elaboração pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo das escalas para o SUB está limitada devido “às ausências de médicos”.
Rádio Pax/ Lusa