O Ministério Público pediu, ontem, pena de prisão de doze anos para Paulo Duarte. O suspeito está acusado de dois crimes de homicídio na forma tentado e um de violência doméstica.
Paulo Duarte, de 54 anos, que tentou matar a ex-namorada com três tiros de caçadeira na madrugada do dia 27 de fevereiro deste ano. Na sequência dos disparos, acabou por ferir com gravidade uma colega desta. Tudo aconteceu à porta do lar, em Vidigueira, onde ambas trabalhavam.
Nas alegações finais do julgamento, no Tribunal de Beja, o procurador considerou que o arguido “teve consciência dos actos” e que “o objectivo era tirar a vida” à vítima.
Também foi destacada em tribunal a “postura violenta, ameaçadora, teatral e manipuladora” de Paulo Duarte, que, disse sempre não se lembrar de nada. Uma das poucas coisas que se lembrou foi de beber uma garrafa de aguardente antes de ter cometido o crime.
O homem terá tentado suicidar-se nessa madrugada, no entanto, segundo o relatório do hospital, entrou na urgência “sempre consciente”, admitindo mesmo ter dado três tiros na namorada.
Já o advogado do arguido acredita que o seu cliente não terá tido consciência do que fez e, por essa razão, não se lembra de nada. “Uma pessoa, em pleno uso das suas faculdades mentais, nunca iria dizer o que disse quando foi interrogado no hospital”, alega.
A leitura do acórdão está marcada para o dia 27 de Novembro às 16h30 horas.
