É com satisfação que a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) vê as duas novas medidas de apoio dadas pelo Governo aos produtores de ovinos afetados pela doença da língua azul.
Foi, ontem, publicada uma portaria em Diário da República – que entra hoje em vigor – que determina um apoio aos detentores de ovinos que tiveram quebras de rendimento inferiores a 30%, a avaliar pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
A medida tem uma dotação orçamentar de 1,9 milhões de euros.
Nesse sentido, o Governo vai pagar aos produtores 48 euros por ovino morto pela doença da língua azul que tenham tido prejuízos inferiores a 30%.
Além disso, foi criada uma linha de crédito com juros bonificados de cinco milhões de euros para apoio às explorações afetadas com um prazo de pagamento de cinco anos.
Recorde-se que, em janeiro, o Ministério da Agricultura já tinha anunciado um apoio de oito milhões de euros, através do PDR2020, aos produtores afetados pela língua azul, mas era, apenas, destinado a explorações com perdas superiores a 30% do seu potencial produtivo.
Uma medida de apoio que, na altura, provocou muitas críticas por parte das associações de agricultores que consideravam que o apoio excluía um número significativo de produtores.
Tendo em conta os elevados prejuízos causados pela Língua Azul no Baixo Alentejo, Rui Garrido, presidente da FAABA, vê com bons olhos os novos apoios do Governo.
Contudo, o responsável espera que os juros sejam muito baixos ou praticamente inexistentes para que a medida possa ser atrativa.