O SINTAB- Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, alerta para a situação dos imigrantes que chegam a Portugal pela mão de intermediários com promessas de contratos de trabalho dignos que não se concretizam.
O Sindicato diz que “esta é uma prática que continua a ser financeiramente muito rentável devido a não haver fiscalização da parte das entidades competentes”.
Para o SINTAB “o Estado e as instituições públicas não podem estar do lado de quem explora os trabalhadores, e muito menos de quem acentua essa exploração em função das fragilidades sociais”.
Francisco Franco, coordenador do Sindicato em Beja, defende a necessidade de dotar os organismos públicos de fiscalização de mais meios. Em seu entender, faltam inspetores à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) no distrito de Beja.
Francisco Franco assegura que os trabalhadores estrangeiros têm neste momento grandes dificuldades para renovação dos certificados de residência. A extinção do SEF veio causar transtornos e sem a documentação regularizada os trabalhadores não podem assinar ou renovar contratos.
O Sindicato diz que os trabalhadores, ao não conseguirem regularizar a sua situação, acabam por ser “obrigados a aceitar condições sub-humanas e ilegais de trabalho e habitação, favorecendo assim os patrões que não hesitam em aprofundar a exploração de quem trabalha”.