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PAN defende aproveitamento do Aeroporto de Beja

O PAN alertou hoje para a possibilidade de um “desastre ambiental” caso se concretize o abate de 250 mil sobreiros em Alcochete e pediu que seja tornado público o parecer sobre as várias soluções para o novo aeroporto.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a porta-voz do PAN manifestou a sua preocupação pela possibilidade de a escolha de Alcochete para o novo aeroporto implicar o abate de 250 mil sobreiros, como noticiou a TVI.

Inês de Sousa Real considerou necessário impedir um “desastre ambiental, um ecocídio desta dimensão em Portugal”, defendendo que “é absolutamente inaceitável que se penhore desta forma um património natural como este”.

“O sobreiro é uma árvore que é um símbolo nacional, de crescimento lento, que tem uma importância ecológica absolutamente fundamental para o país”, sustentou.

A deputada única do PAN quer que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) “venham dizer qual foi o parecer que deram sobre as várias soluções aeroportuárias”.

Inês de Sousa Real afirmou que a APA e o ICNF “não podem servir para branquear este tipo de decisões”, uma vez que “têm como missão proteger a natureza”.

“O PAN vai não só questionar o Governo, como apresentar um projeto de resolução e recomendar ao Governo que convoque o grupo de trabalho criado pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática para dar o seu parecer”, indicou, defendendo a necessidade de uma “avaliação ambiental séria e independente”.

Inês de Sousa Real referia-se ao grupo de trabalho anunciado em agosto pelo Governo com o objetivo de analisar as compensações por abate de sobreiros e propor melhorias nesses processos, na sequência da contestação ao abate autorizado de mais de 1.800 destas árvores em Sines para a construção de um parque eólico.

A deputada única do Pessoas-Animais-Natureza afirmou que a solução de Alcochete “parece absolutamente inaceitável” e defendeu o “aproveitamento de infraestruturas já existentes, como é o caso do aeroporto de Beja”.

“É fundamental garantir que o desenvolvimento do país não é feito à conta dos sacrifícios ambientais. Sabemos que o país precisa de uma nova solução aeroportuária, mas não à custa do abate de 250 mil sobreiros”, salientou.

Apontando que a política florestal tem sido “desastrosa”, Inês de Sousa Real rejeitou que se “prejudique a pouca floresta autóctone” ainda existente em Portugal.

Rádio Pax / Lusa

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Farmácia de serviço hoje na cidade de Beja

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