Aquela que é apontada como a “maior mudança” do sistema de Proteção Civil dos últimos anos está prestes a entrar em vigor.
Os 18 Comandos Distritais de Operações e Socorro (CDOS), dão lugar a 23 comandos sub-regionais de emergência e proteção civil.
O Comando Regional do Alentejo tem quatro sub-regiões: Alentejo Litoral, Alto Alentejo, Alentejo Central e Baixo Alentejo.
Na região, as corporações de Bombeiros de Odemira e Vila Nova de Milfontes ficam na alçada de um comando sub-regional do Alentejo Litoral.
As restantes são coordenadas por um comando sub-regional do Baixo Alentejo.
A Secretária de Estado da Proteção Civil rejeitou que as corporações de bombeiros venham a sentir qualquer alteração com o novo modelo.
Domingos Fabela, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja frisa que estas alterações causam “alguma preocupação porque vão ser feitos muitos reajustamentos”. O distrito de Beja perde duas corporações de Bombeiros (Odemira e Vila Nova de Milfontes) para o Alentejo Litoral. Dos atuais 15 corpos de bombeiros passa a 13.
Estas alterações já motivaram também a reação de um antigo Governador Civil de Beja.
João Paulo Ramôa pensa que as mudanças introduzidas vão “desunir”.
Em seu entender, a criação de vários comandos sub-regionais, sobretudo em matéria de combate aos fogos florestais, poderá criar constrangimentos.
João Paulo Ramôa defende que seria preferível ter um “comando único” do que “quatro subcomandos” no território.
Nas suas palavras é mais eficaz, num cenário de combate a incêndios, “um General” no comando do que “quatro Coronéis”.
Um incêndio que, por exemplo, atinga os concelhos de Aljezur, Odemira e Ourique, vai mobilizar três subcomandos: Algarve, Baixo Alentejo e Alentejo Litoral.